CUIDAR A MENTE
AS EMOÇÕES E DESÂNIMO
"Fibromialgia, a dor das emoções contidas."

A saúde emocional e a fibromialgia estão intimamente relacionadas. Um ambiente onde haja stress e outros fatores de afetação psicossomática negativa, pode fazer despoletar a doença ou agravar sintomas. Por conseguinte, a dor crónica e a fadiga associada à fibromialgia, podem afetar o bem-estar emocional levando a estados de ansiedade e depressão que reforçam a percepção da dor e a capacidade do doente lidar com ela.
Isto acontece porque somos seres emocionais e reagimos a fatores que sentimos serem agressivos à nossa vida. Isso afeta a neuroplasticidade cerebral, ou seja, gera alteração nas conexões dos neurónios, desencadeando ou aumentando as dores da síndrome por reação do sistema nervoso central. Desequilíbrios nos neurotransmissores, como serotonina e dopamina, também podem contribuir para o desenvolvimento da doença.
As mágoas e ressentimentos engolidos, frustrações mal digeridas, tristezas ocultas atrás de um discurso falso de felicidade abundante, manifestar-se-ão de alguma forma através do corpo. Aquilo que a pessoa não diz, promove grande desconforto e isso não passa despercebido, a somatização de conflitos emocionais e problemas psicológicos sobrecarrega a mente de maneira tal que esta não suporta e manifesta-se em forma de doença.
A medicina científica, que visa a regulação das variáveis anatómicas e biológicas, torna-se impotente diante da dor crónica, uma vez que esta se caracteriza como uma forma de adoecer incapturável por sua objetividade. Torna-se fundamental cuidar não apenas o corpo, mas também a mente, desenvolvendo estratégias para lidar com situações da vida e os sintomas, praticar técnicas de relaxamento e habilidades de autocuidado.
Escreveu Freud: "As emoções não expressas nunca morrem. Elas são enterradas vivas e saem de piores formas mais tarde".
